Butterfly: a Ópera de Puccini em Cartaz no Theatro Municipal de São Paulo
Emocionante Estreia com Lotação Máxima
Com cenografia original do Teatro Colón de Buenos Aires, a ópera emocionou o público presente, apesar do calor intenso na noite paulistana. A Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, sob regência de Roberto Minczuk, proporcionaram uma bela experiência musical.
A montagem, embora competente, pode não ter explorado totalmente a profundidade emocional da obra de Puccini. A falta de beleza e tristeza foi mencionada por alguns espectadores, que sentiram que a encenação poderia ter ido além na expressão dramática.
Falta de Intimidade e Potência Vocal
O primeiro ato pode ter sido um pouco arrastado, com a orquestra se destacando mais do que o desejado. A potência vocal dos protagonistas, interpretados por Carmen Giannattasio e Celso Albelo, poderia ter sido melhor explorada para capturar nuances emocionais da história.
A atuação dos demais cantores também foi afetada pela direção musical, que só encontrou equilíbrio a partir do segundo ato. Destaque para a utilização impactante de imagens do filme “Oharu” em momentos específicos da encenação.
Uma Análise Profunda da Partitura de Puccini
As belas melodias de Puccini surgem de forma teatral, envolvendo o público em uma jornada emocional intensa. A discussão sobre a representação oriental na ópera ganharia com uma análise mais detalhada da partitura, revelando possíveis camadas de ironia presentes na obra.
A tragédia de uma mulher explorada pela desigualdade de poder entre culturas é ressaltada pela genialidade de Puccini, que confronta temas complexos de forma musicalmente impactante.
Um comentário
Excelente crítica, gostei bastante.